A natureza criou o tapete sem fim que recobre a superfície da terra. Dentro da pelagem desse tapete vivem todos os animais, respeitosamente. Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem.

Monteiro Lobato

O Xote Das Meninas

Luíz Gonzaga


Mandacaru
Quando fulora na seca
É o siná que a chuva chega
No sertão
Toda menina que enjôa
Da boneca
É siná que o amor
Já chegou no coração...

Meia comprida
Não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado
Não quer mais vestir chitão...

Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...

De manhã cedo já tá pintada
Só vive suspirando
Sonhando acordada
O pai leva ao dotô
A filha adoentada
Não come, nem estuda
Não dorme, não quer nada...

Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...

Mas o dotô nem examina
Chamando o pai do lado
Lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade
Que prá tal menina
Não tem um só remédio
Em toda medicina...

Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer Só pensa em namorar...



Mantenha a sua mente aberta para a mudança o tempo todo. Dê as boas-vindas a ela. Corteje-a. Só através do exame e re-exame das opiniões e ideias que você poderá progredir.
Dale Carnegie

Aculturação

Quero falar o português brasileiro,
o bê-a-bá afro-tupi-brasileiro
e aportuguesar o estrangeiro.

Quero ir a arreia! (ser aborígine)
Quero falar patoás, ailoviar as raparigas,
comer fubá, balbuciar gongá,
jacaré, gambá e jequitibá…

Hei de proclamar o regionalismo na República:
_Fulanos óiem! Óiem com seus óios de dó. Venham cá,
pra que ocês vejam o que povo canta de mió.

Quero brincar de Ai love iú,
bói e depois caubói… E no final,
defenestrar tudo lá de riba e esvaziar isso
tudo de dentro de nossa língua!

Quero a culinária afro-tupi-lusitana,
misturando tudo dá à brasileira:
bacalhoada à moquecada, canjirajé, canziju,
dobrajica, pomococa…

Quero vestir meu molambo,
ir à minha senzala requintada,
sentar em meu sofá de dendê,
fazer cafuné no moleque e rezar
a oração do candomblé!

Quero dormir na rede,
comer tapioca, mandioca,
pegar meu bodoque e atirar no urubu,
e dizer ao mundo que sou índio Tapuacu.

Quero mostrar ao mundo o portubrasilês,
filho de nosso enredo,
nosso classicismo de pandeiro,
malandragem de norte a sul do Brasil,
principalmente a do morro inteiro.

Ademilson Costa Santos

Curiosidade matemática :D

Quarta-feira, dia 20 de fevereiro de 2002 foi uma data histórica. Durante um minuto, houve uma conjunção de números que somente ocorre duas vezes por milênio.



Essa conjugação ocorreu exatamente às 20 horas e 02 minutos de 20 de fevereiro do ano 2002, ou seja, 20:02 20/02 2002.

É uma simetria que na matemática é chamada de capicua (algarismos que dão o mesmo número quando lidos da esquerda para a direita, ou vice-versa). A raridade deve-se ao fato de que os três conjuntos de quatro algarismos são iguais (2002) e simétricos em si (20:02, 20/02 e 2002).

A última ocasião em que isso ocorreu foi às 11h11 de 11 de novembro do ano 1111, formando a data 11h11 11/11/1111. A próxima vez será somente às 21h12 de 21 de dezembro de 2112 (21h12 21/12/2112). Provavelmente não estaremos aqui para presenciar. 

Depois, nunca mais haverá outra capicua. Em 30 de março de 3003 não ocorrerá essa coincidência matemática, já que não existe a hora 30.
Quantas vezes a gente, em busca de aventura, procede tal e qual o avozinho infeliz: em vão, por toda parte, os óculos procura tendo-os na ponta do nariz…


Mário Quintana

Mas, mãe, eu não quero crescer.


A incrível jornada da vida se inicia ao nascer, ou melhor, quando somos gerados no ventre de nossa mãe. Milhões de pessoas enfrentam esse conflito todos os dias: “crescer”, mas não falo de crescer fisicamente, o que é inevitável acontecer para a maioria das pessoas, crescer como pessoa é um desafio e tanto, o futuro é um caminho desconhecido, e que tentamos traçar e dominar as mais variadas situações que virão pela frente.


Enquanto isso, ficamos na expectativa que algo realmente interessante e arrebatador aconteça. O excelente compositor e cantor Toquinho cita a situação do ser humano diante de sua fragilidade com relação ao futuro, em uma de suas músicas chamada “Aquarela”. Abaixo segue o trecho que eu considero a essência da música:
E o futuro é uma astronave

Que tentamos pilotar

Não tem tempo, nem piedade

Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar…

Nessa estrada não nos cabe

Conhecer ou ver o que virá

O fim dela ninguém sabe

Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá…

Não é verdade caro leitor?
Não sabemos o que nos espera, somos como folhas ao vento, soltas tentando encontrar as respostas, soluções e explicações para tudo, ou seja, tentando crescer.
Já nascemos com o instinto de independência, pode-se notar isso em uma criança que está aprendendo a andar, comer, tomar banho, tudo sozinha, com o tempo não precisa mais da ajuda de seus responsáveis e com mais tempo, a mesma criança frágil e delicada se tornará um adulto capaz de enfrentar a vida sozinho, desde que ele cresça como pessoa.
Este é o grande desafio da vida: “Crescer”.
Seremos como formigas que andam uma atrás das outras, ou como pássaros independentes, que fazem seus próprios ninhos ??
Pense nisso.

Conflitos internos... Caso a pensar


Bom… Esta semana foi bem confusa para mim, andei refletindo a respeito do nosso sistema político econômico, o atual – Capitalismo – sim, é ele; ando me perguntando todos os dias se não estamos presos, pelo simples fato de estarmos sempre comprando, comprando e comprando, quando na maioria das vezes, nem mesmo precisamos de tais coisas. E somos o tempo todo bombardeados (no sentido metafórico claro) pelas propagandas e marketing nas ruas, que nos levam ao consumismo exagerado.
Ah, ele sim, o capitalismo, inspira nossas compras, as mulheres são os principais alvos ou melhor vítimas. Mas, por que será que o socialismo não obteve sucesso?? Será porque Marx não o projetou na maneira certa? E os outros sistemas políticos?… Não sei. Mas continuo assim… a me perguntar: Será que nossas ideias sobre a vida e o cotidiano representam aquilo que pensamos ou o que a mídia quer que pensemos??
De qualquer forma, somos influenciados pelo meio em que vivemos. Desde tempos remotos o capitalismo vem ganhando espaço nas diferentes sociedades, a Europa medieval já possuía seus burguesinhos, e a busca pelo lucro e as circulações de bens a serem comercializados em diferentes regiões ganhavam cada vez maior espaço. 
Assim como Adam Smith disse em sua teoria do liberalismo econômico: “A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes.” Seria interessante que a sociedade se esforçasse para ser igualitária, onde os pobres tivessem vez e os ricos também fossem punidos.
Contudo, muitos chegam a acreditar que seria impossível imaginar um outro mundo fora do capitalismo. Será?? Seria mesmo plausível afirmar que o capitalismo nunca teria um fim?  Sendo imortal ou mortal, o capitalismo ainda se faz presente em nossas vidas sob formas que se reconfiguram com uma velocidade notável. =/


Aos meus amigos...



Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos…
não sabem quanto amor lhes devoto…
São eles que me levantam nos momentos de fraqueza do meu ânimo…
São eles que me procuram sempre que falto…
São eles que alegram meus dias…
São eles com quem posso contar, para as mais variadas situações…
São eles que por um motivo inexplicável entraram na minha vida, de maneira que não consigo viver sem eles…
De tudo que meus amigos me ensinaram, sem ao menos eles perceberem, é que uma coisa é certa…
A amizade não se explica… ela simplesmente acontece!
-Baseado em uma obra de Drummond-

Mulheres são como maçãs em árvores


“Mulheres são como maçãs em árvores.
As melhores estão no topo.
Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão,
que não são boas como as do topo,
mas são fáceis de se conseguir.

Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas,
quando na verdade, eles estão errados…

Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar, 
aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore.”
Machado de Assis 

Pensamentos soltos...

Se o tempo fosse meu aliado, faria de tudo para vencer essa guerra contra eu mesmo, pois sou meu pior adversário difícil de vencer, mas mesmo assim, ele me ensinou a ser sereno como as águas.

Existe somente uma idade para a gente ser feliz.Somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los, a despeito de todas as dificuldade e obstáculos. Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores. Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo, de novo e de novo, e quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE, também conhecida como
AGORA ou JÁ e tem a duração do instante que passa…
Mário Quintana

Desigualdade social e conflitos


Desde tempos muito longínquos, as diferenças étnicas e religiosas, a cobiça por riquezas e a disputa pelo poder de subjugar os outros levam as sociedades humanas a defender seus interesses e, consequentemente, geram conflitos.
A ideia de que as relações internacionais do momento em que vivemos precisam ser alteradas, a fim de resolver as causas dos conflitos, parece ser consenso entre vários líderes políticos.
Que essas discussões nos apontem, um dia, uma forma de amenizar as brutais desigualdades sociais e conviver harmoniosamente com as diferenças culturais.

Sustentabilidade: natureza, sociedade e questão ambiental.


O crescimento econômico depende da ampliação do consumo de mercadorias e de serviços, da criação de necessidades e satisfação daquelas que são fundamentais à vida humana. O consumismo tornou-se ideologia, levando as pessoas a acreditarem que isso é uma necessidade e símbolo de modernidade.
O que vem preocupando, principalmente os ambientalistas, é o fato do desenvolvimento e expansão econômica estarem conciliados a conservação do meio ambiente. Para que uma sociedade produza de forma que supra suas necessidades e ainda gere lucros, é inevitável a utilização de recursos naturais, principalmente os que possuem capacidade de gerar energia.
A maioria desses recursos não é renovável, e com o uso contínuo deles a natureza é afetada diretamente. Se forem mantidos os atuais padrões de produção e consumo, o desenvolvimento (que alguns chamam de progresso) continuará a agredir os sistemas naturais da terra.
Diante desse quadro, o ser humano se vê desafiado a encontrar caminhos alternativos para a propagação da economia e crescimento da sociedade, os quais alterem os atuais padrões de interferência na natureza.
A solução para grandes problemas ambientais requer acordos e ações entre países, mas se cada ser humano fizer sua parte o desenvolvimento sustentável poderá se tornar mais fácil e possível de ser concretizado, além disso, minimizará os impactos nos sistemas naturais e no ambiente.
… Como se fosse criança, o homem que age ou pensa apenas guiado por outros só chegará realmente à maturidade se vencer a covardia e o medo e tiver coragem de se libertar de seus tutores, para pensar e agir segundo sua própria razão.
* Pensamento segundo Immanuel Kant *

I have a dream...


“A vida humana não passa de um sonho. Mais de uma pessoa já pensou nisso. Pois essa impressão também me acompanha por toda a parte. Quando vejo os estreitos limites onde se acham encerradas as faculdades ativas e investigadoras do homem, e como todo o nosso trabalho visa apenas a satisfazer nossas necessidades, as quais, por sua vez, não têm outro objetivo senão prolongar nossa mesquinha existência; quando verifico que o nosso espírito só pode encontrar tranqüilidade, quanto a certos pontos das nossas pesquisas, por meio de uma resignação povoada de sonhos, como um presidiário que adornasse de figuras multicoloridas e luminosas perspectivas as paredes da sua cela… tudo isso,me faz emudecer. Concentro-me e encontro um mundo em mim mesmo! Mas, também aí, é um mundo de pressentimentos e desejos obscuros e não de imagens nítidas e forças vivas. Tudo flutua vagamente nos meus sentidos, e assim, sorrindo e sonhando, prossigo na minha viagem através do mundo…”


Nossa sociedade deve ser conduzida por alguém, ou por uma equipe que escreva a história ao longo dos séculos de exercício democrático, com o compromisso de zelar pelos direitos da sociedade.

Trabalhadores invisíveis


Ao longo da história da humanidade pode-se perceber que o homem em si, sente a necessidade de submeter algum indivíduo ao seu domínio. Mesmo que o conceito de liberdade esteja impregnado nas sociedades, implicitamente as pessoas estão presas aos mais diversos tipos de vida, o que não descarta o modo e as condições de trabalho, os quais surpreendem cada vez mais os sindicatos trabalhistas.
Cotidianamente, pessoas são submetidas a atividades que consomem esforços sub-humanos e interagem com situações altamente arriscadas. Porém, a maior preocupação está na falta de fiscalização. Esses trabalhadores, na maioria dos casos, são os mesmos que não possuem documentação alguma; em instituições de auxílio e proteção ao trabalhador estão invisíveis com relação à seus direitos como empregado, o que leva a acreditar que a sociedade está regredindo, voltando aos tempos de colonização e escravidão, senhores e servos.
Não é preciso atravessar fronteiras para perceber o que está acontecendo, no Brasil é possível observar, principalmente nas regiões rurais, o trabalho considerado escravo, o qual submete pessoas sob ameaças físicas e psicológicas ou até mesmo manter em cárcere numa propriedade fechada. Tudo isso inclui indivíduos de todas as faixas etárias, desde aqueles que não têm idade ainda para trabalhar, aos que já passaram de sua época ativa.
Diante dessa situação, os representantes dos direitos dos cidadãos e trabalhadores devem ser mobilizados, unindo-se ao lema democrático, o qual o país está alicerçado , direitos iguais a todos, isto não exclui direitos trabalhistas sob os quais todo aquele que exerce uma função, seja ela qual for, está protegido.
O ideal seria aumentar a fiscalização para garantir o cumprimento das leis de proteção ao trabalhador, enfatizar a concretização e a aplicação dos direitos humanos, punir os que infringirem e os que tentarem praticar esse tipo de crime e acima de tudo agressão à vida e à liberdade.


Será que a leitura dos jornais nos torna estúpidos?


Qual a filosofia que move a mídia ao selecionar comida como essas para ser servida ao povo?
A resposta é a tradicional: “A missão da imprensa é informar“. Pensa-se que, ao informar, a imprensa educa. Falso.
Há milhares de coisas acontecendo e seria impossível informar tudo. É preciso escolher. As escolhas que a imprensa faz revelam o que ela pensa do gosto dos seus leitores.
Imagine comigo caro leitor…
Se o filósofo alemão Ludwig Feuerbach estava certo ao afirmar que “somos o que comemos“, será forçoso concluir que, ao servir refeições de notícias ao povo os jornais estão realizando uma magia perversa sobre os seus leitores: depois de comer eles serão iguais àquilo que leram.
O prazer da leitura, para mim, está não naquilo que leio mas naquilo que faço com aquilo que leio. Ler, só ler, é parar de pensar. É pensar os pensamentos de outros. E quem fica o tempo todo pensando o pensamento de outros acaba por desaprender a arte de pensar seus próprios pensamentos: outra lição de Schopenhauer.
Pensar não é ter as informações. Pensar é o que se faz com as informações. É dançar com o pensamento, apoiando os pés no texto lido: é isso que me dá prazer. Suspeito que a leitura meticulosa e detalhada das informações tenha, freqüentemente, a função de tornar desnecessário o pensamento. Pensar os próprios pensamentos pode ser dolorido. Quem não sabe dançar corre sempre o perigo de escorregar e cair… Assim, ao se entupir de notícias – como o comilão grosseiro que se entope de comida – o leitor se livra do trabalho de pensar. e passa a pensar da forma que os outros pensam.
Certa vez Arnaldo Jabor deu um grito: “Os órgãos de imprensa devem ter um papel transformador na sociedade…“
Dizendo do meu jeito: os órgãos de imprensa têm de contribuir para a educação do povo. Mas educar não é informar. Educar é ensinar a pensar. Os jornais ensinam a pensar?
Repito a pergunta: Será que a leitura dos jornais nos torna estúpidos? 

-Texto baseado numa crônica de Rubem Alves-

Quando...

Quando a última árvore tiver caído,
Quando o último rio tiver secado,
Quando o último peixe for pescado,
Vocês vão entender que dinheiro não se come.

(Greenpeace)

Eu queria...

Poder fazer meu próprio mundo…
Poder mudar certos fatos e conceitos…
Destruir certos preconceitos…
Amenizar certas situações…
Intensificar boas ações!
Mas a vida não pode ser editada, temos que vivê-la e uma das melhores coisas na vida são as maravilhosas surpresas que nos reserva.